terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

CARTAS CRIATIVAS





















CARIMBO - "ISO-GRAVURA"


A xilogravura é um dos mais antigos métodos de impressão da história da humanidade. É basicamente um carimbo, feito de madeira. Entalha-se a superfície da madeirqa com o motivo desejado (ou com o texto desejado) e pinta-se a imagem que, naturalmente após o entalhe, ficará em relevo. Essa imagem, pintada, é transferida para o papel. Esta antiga técnica era muito usada no Egito e na China desde a antiguidade. Com o tempo, a xilogravura passou a ser, também, muito comum na literatura de Cordel. A xilogravura foi ofuscada pela prensa que facilitava a impressão de imagens e textos combinados. Hoje, a xilogravura é vista como uma arte ancestral e riquíssima em história e tradição, afinal, foi parte essencial do desenvolvimento da comunicação junto à nossa história.
No entanto, hoje, as técnicas da xilogravura passaram a combinar outros elementos criativos como, por exemplo, o isopor. Confira aqui como fazer xilogravuras com o isopor. (Fonte: Obvious)

Você vai precisar de:
1. Bandeja de isopor (aquela que vem com alimentos no supermercado) 
2. Folhas de papel 
3. Rolo de pintura pequeno 
4. Lápis preto 
5. Tesoura 
6. Tinta guache 

Como fazer?
Pegue a bandejinha, recorte as abas para que fique plana, com o lápis desenhe sobre ela com pressão suficiente para marcá-la.
Depois de desenhado reforce um pouco as linhas que não ficaram bem marcadas, confira!
coloque tinta guache em uma bandejinha, passe o rolinho e aplique sobre o desenho.
Quando estiver todo coberto coloque a folha de papel sobre a tinta.
Passe a mão sobre  toda a folha e retire em seguida.
Está pronta sua "Iso-gravura"

Se divirta!


RECORTES - STENCIL


Desde épocas remotas o uso do "stencil" pode ser visto. Nas pinturas rupestres, por exemplo, os habitantes das cavernas sopravam pigmentos sobre as mãos espalmadas nas cavernas criando com as mãos uma espécie de máscara (stencil).
Na China, juntamente com a invenção do papel, no século 105 d.C.  pode-se dizer que o stencil foi a primeira forma de gravura. Nos anos 600, na China, começaram a fazer desenhos mais complexos e aplicar a técnica para a decoração de tecido, embora com o uso de poucas cores. Foi porém no Japão que a técnica do stencil sobre o tecido se aperfeiçoou.
O stencil vem sendo muito utilizado para decorar paredes, móveis e outros objetos. Se trata de uma técnica simples que pode, ocasionalmente, ser conjugada com múltiplas variações e assumir características diversas. (fonte: O mundo do Stencil)


O estêncil é uma folha de papel, plástico ou metal, com letras ou desenhos recortados, usado como matriz negativa para produzir estas letras ou desenhos em uma determinada superfície, aplicando tinta através do corte na folha .A principal vantagem de um estêncil é que ele pode ser reutilizado para produzir várias vezes e rapidamente a mesma letra ou desenho.

Nos anos trinta desenvolveu-se um processo sofisticado de impressão stencil, com tela, com a finalidade de produzir trabalhos artísticos em quantidades industriais.
No final dos anos cinquenta e secenta, artistas americanos como Robert Rauchenberg e Andy Warhol desenvolveram novas técnicas de impressão com tela.
Warhol utilizava no seu trabalho as cores vivas e planas das embalagens de productos industriais para criar imagens iconográficas inspiradas na arte comercial e cultura popular. Rauchenberg também utilizava a imagética dos mass media, mas o seu trabalho era mais expressivo e menos mecânico. Ambos, com as suas técnicas híbridas e e imagética Pop, são os precursores dos stencil artists de hoje em dia. (Fonte: Catálogo das artes)



Como fazer seu próprio Stencil?
A parte mais importante é o corte, preste atenção às pontes. Veja o vídeo:


Se for trabalhar com palavras, suga as dicas:


Quando já tiver dominando a técnica....





COLAGEM 2 - FOTOMONTAGEM

Retrato da colagem de Digitas por TMLipp - Criado para a série do aniversário do artista
Hannah Höch   mulher, do movimento Dadaísta, reconhecida como uma das pioneiras da fotomontagem.
hannah-hoch-colagem-alemanha-zupi-3
"Feminista, em suas obras retratava questões sobre a sexualidade da mulher moderna alemã, questionando o antigo papel do indivíduo feminino na nova sociedade. Embora tenha vivido em outros países como Itália e na antiga Tchecoslováquia, ela tentou manter-se discreta durante o regime nazista. Infelizmente foi citada, pelo governo de Hitler, na lista de “artistas degenerados”. (Fonte: Zupi)
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Höch foi uma das principais progenitoras da prática auto-consciente de colagem de diversos elementos fotográficos de diferentes fontes para fazer arte. Esta estratégia de combinar imagens anteriormente não relacionados para fazer ligações, por vezes, surpreendentes, às vezes perspicazes foi um que veio a ser adotada por muitos artistas Dadá e surrealistas artistas de sua época, e também por gerações posteriores de "pós-modernos".

Hoje vemos muitos outros artistas que beberam na água de Hannah Höch. Vamos ver alguns deles:

EUGENIA LOLI
A artista grega Eugenia Loli manipula digitalmente fotos antigas para criar colagens. Inspirada pelo surrealismo, as obras apresentam um sentido de intriga ao ser visualmente agradáveis. Loli explica que sua preferência por fotos antigas é estético.
O título do trabalho é normalmente tudo que o espectador precisa compreender da narrativa por trás da arte de Loli, mas ela espera que seu trabalho entre na mente de seu público. “Eu gosto de fazê-los pensar um pouquinho sobre o que o trabalho é, perceber a coisa por um momento, e de repente, se surpreender com outro significado”, diz Loli. - Saiba mais em http://eugenialoli.tumblr.com/






NARO PINOSA
O artista digital Naro Pinosa cria colagens imaginativas, que ele compartilha principalmente em seu Instagram . Quer se trate de esculturas gregas ou pinturas clássicas, ele as vê de forma absurda ao combinar o velho e o novo. Com senso de humor, as colagens questionam a percepção do espectador e exploram temas de sexualidade e nostalgia. Saiba mais em https://www.instagram.com/naropinosa/?hl=pt-br







ASHKAN HONARVAR
Em suas colagens, sempre bem elaboradas e carregadas de informação, Honarvar busca mostrar a beleza que existe no lado mais obscuro da natureza humana, misturando o belo e o grotesco. Animais, flores e pedras preciosas compõem com órgãos ensanguentados, cicatrizes, pessoas deformadas de guerra e até cadáveres. As imagens que escolhi para este post são as minhas preferidas, mas não são as mais impactantes e que melhor traduzem a proposta artística de Honarvar.





MARCELO MONREAL
A série Faces [UN]bonded do artista brasileiro Marcelo Monreal, mostra retratos de celebridades e top models, revelando elementos florais saindo de suas faces, criando colagens surrealistas digitais. De Christopher Walken a Kate Moss, as criações de Marcelo Monreal sequestram os ícones e os códigos de moda para revelar a beleza interior florida e colorida.






ROCIO MONTOYA
Rocio Montoya cria colagens surreais que misturam o corpo humano com a natureza. O resultado desses trabalhos é uma mistura de elementos gráficos colecionados por várias revistas e livros botânicos antigos. Com essas colagens, Rocio Montoya acaba criando atmosferas poéticas e perturbadoras de uma forma quase onírica.A artista descreve seu processo como uma forma subconsciente de exploração e enxerga seus trabalhos como um paralelo entre a realidade e suas experiências.