segunda-feira, 4 de março de 2013

BREVE HISTÓRIA ILUSTRADA DA HUMANIDADE

Pesquisando aqui e ali encontrei cinco páginas de ilustrações elaboradas pela AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons que tentam contar de forma resumida a história da humanidade.









JOANA VASCONCELOS, TRADIÇÃO E MODERNIDADE

Azulejos azuis. Croché e bordados. Figuras religiosas. Corações de Viana. Garrafões de vinho. Joana Vasconcelos soube demonstrar a portugalidade (e outras tantas coisas que não dizem respeito só aos portugueses) e expô-la ao mundo, sendo a artista portuguesa de maior relevo da sua geração.


Joana Vasconcelos é provavelmente a artista contemporânea portuguesa mais conhecida nos dias que correm. Nome incontornável da sua geração, tem um estilo próprio para se expressar: usando materiais diversos do quotidiano cria formas que nos são simultaneamente estranhas e familiares.
Vasconcelos nasceu em Paris em 1971 mas estudou, vive e trabalha em Lisboa. Em 2000 venceu o prémio EDP Novos Artistas e em 2006 o prémio "The Winner Takes It All". Expõe, regularmente, em Portugal e no estrangeiro, desde meados da década de 1990.
As suas peças são já bastante conhecidas, mas vale a pena recordar as mais emblemáticas:

 "Noiva" é um enorme candelabro composto de tampões OB

 "Coração Independente" são réplicas enormes das famosas jóias de Viana do Castelo, compostas por talheres de plástico moldados.

"Cinderela" é um sapato gigante composto por panelas.

"Contaminação" é um emaranhado de trapos com cores berrantes que se estende em vários metros de comprimento. 

Famosas são também as suas figuras de porcelana totalmente cobertas por croché.

É claro pela sua já recheada obra, que Joana Vasconcelos usa referências culturais, objetos quotidianos e materiais e técnicas populares. Cruzando tradição e modernidade, é das poucas artistas que conseguiu o difícil equilíbrio desta dicotomia mantendo-se fiel à essência do "ser português" e procurando na História e nos costumes lusitanos um complemento para o seu trabalho. 

ALGUMAS IMAGENS E VÍDEOS:






PROCESSO



Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/04/joana_vasconcelos_tradicao_e_modernidade.html#ixzz2MaEGdOfM


Fado Tropical - Chico Buarque

INSPIRAÇÃO: ORIGENS LUSITANAS
Fado Tropical
Chico Buarque



Oh, musa do meu fado,
Oh, minha mãe gentil,
Te deixo consternado
No primeiro abril,

Mas não sê tão ingrata!
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal:
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal!

"Sabe, no fundo eu sou um sentimental. Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo ( além da sífilis, é claro). Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar, o meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."

Com avencas na caatinga,
Alecrins no canavial,
Licores na moringa:
Um vinho tropical.
E a linda mulata
Com rendas do alentejo
De quem numa bravata
Arrebata um beijo...
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal:
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal!

"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto,
De tal maneira que, depois de feito,
Desencontrado, eu mesmo me contesto.

Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito,
Me assombra a súbita impressão de incesto.

Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa,
Mas meu peito se desabotoa.

E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa,
Pois que senão o coração perdoa".

Guitarras e sanfonas,
Jasmins, coqueiros, fontes,
Sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio Amazonas
Que corre trás-os-montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo...
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal:
Ainda vai tornar-se um império colonial!
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal:
Ainda vai tornar-se um império colonial!

RETRATOS NA ERA DA PINTURA DIGITAL